O que vem por aí: Como as áreas do TETO estão se preparando para 2017

Por Tamires Lietti
 

Depois que os fogos de artifício cessam e o dia 01 de janeiro começa oficialmente no relógio, muitos enxergam o começo de uma nova era. Ano novo é, para muitos, símbolo de um período de novas metas e sonhos, de mudanças e reformulações. No TETO não é diferente.

As equipes da Organização começaram o novo ano repletas de planos e novidades. Dentro da instituição, cada setor já estipulou suas prioridades e desejos para o novo ano de trabalho e já traçaram estratégias para driblar os possíveis desafios. Segundo Gabriela Ribas, sub diretora de gestão comunitária, o tamanho do escritório do TETO na capital paulista foi um desafio que todas as equipes enfrentaram durante o ano que se passou. O espaço, que serve de sede para 23 equipes fixas, 40 coordenadores e mais de 130 voluntários não tem o tamanho ideal. E 2017 já começou mudando o cenário para todo. “A novidade para nós é que, este ano, haverá a separação do escritório de São Paulo do escritório Nacional”, conta Gabi.

Ela acredita que a mudança interferirá diretamente na forma de trabalho da organização. “Algumas formas de gestão vão mudar para garantir um melhor acompanhamento do trabalho em campo”, afirma. Ela explica que a sede de São Paulo deve contratar, ao longo do ano, quatro Coordenadores Territoriais que se responsabilizarão pela gestão do trabalho das equipes, detecção de novas comunidades, diagnóstico socioeconômico, levantamento das demandas e parceria com entidades.

E não é só para o time de Gestão Comunitária que as coisas estão mudando. Marcel Boccia, diretor da área de Construções em São Paulo, conta que o foco para o novo ano é o que ele chama de “protagonismo comunitário”, ou seja, o desenvolvimento de novas formas de inclusão dos moradores em eventos e construções promovidas pelo TETO. “A equipe de Construções começou o ano muito otimista com o engajamento comunitário. Nós queremos tornar o modelo de intervenção da área o mais participativo possível.”

A diretora de Programas e Projetos, Elizangela Souza, não hesitou ao ser questionada sobre o foco da equipe para o novo ano: consolidar nacionalmente a área e prover a estruturação local nas sedes e dos programas e projetos com eficácia. Segundo ela, alguns passos precisarão ser seguidos pela equipe para que o objetivo seja alcançado até o estourar de fogos para 2018. Além do amadurecimento e planejamento dos programas, ela quer ampliar a abrangência dos projetos de educação. “Vamos aperfeiçoar a nossa metodologia e ampliar nossos materiais de suporte para entregar diferentes resultados nas comunidades”, afirma. A novidade da área é a abertura do Projeto Educação no Paraná e no Rio de Janeiro. “Vamos levar o projeto para sete novas comunidades. Com isso, alcançaremos, em média, 420 crianças.” Ela também coloca que os números esperados para o FunTETO de 2017 foram praticamente dobrados, se comparados ao ano passado. “Queremos fechar o ano com 25 aprovações. Em 2016, fizemos cerca de 12.”

Pelos próximos 11 meses, o Voluntariado Corporativo é o foco da equipe de Recursos da ONG. Segundo Luã Sarmanho, diretor da área, eles estão montando uma equipe de voluntários que se relacione diretamente com as empresas “Amigas do TETO”, com a intenção é fortalecer a captação de recursos para as construções e ampliar a participação de empresas em outros eventos do TETO como a Eco (Escutando comunidades) e o Programa de Educação. “Levar a causa social para este setor é um dos nossos maiores desafios. Queremos mostrar que a consciência e ação social pode ser desenvolvida em colaboração com corporativas. Não devemos somente esperar que nós, jovens universitários, transformemos o mundo”, afirma o diretor.

Vale lembrar que, para este ano, a organização também reformulou o processo de entrada de novos voluntários. O ciclo irá ocorrer duas vezes ao ano e terá etapas definidas. Os novos voluntários serão apresentados ao trabalho do TETO e poderão escolherem uma equipe de comunidade para participar. Após essa primeira fase, todos passarão por uma capacitação de 30 horas e terão que cumprir, no mínimo 5 horas de trabalho em campo em suas respectivas equipes). Segundo Gabriela, a capacitação será complexa para que cada voluntário consiga entender perfeitamente o modelo de intervenção comunitária adotada durante os trabalho do TETO. “Isso irá trazer aos novos voluntários a identidade, a importância do compromisso e o entendimento do tema da pobreza como um tema amplo e que não deve deixar de ser discutido.”

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