Chuvas, territórios e moradias precárias: Banner da notícia

Não são apenas desastres naturais

Você consegue imaginar viver com insegurança e medo dentro de sua própria casa? Consegue imaginar como é viver sabendo que você e as pessoas que você ama estão em riscos constantes?

Essa é a realidade das comunidades e famílias com as quais a TETO trabalha. São milhares de mães, pais, filhos e netos que vivem em moradias precárias, construídas com materiais não duráveis, e que sofrem todos os anos o risco iminente de alagamentos, desmoronamentos e até infestações de insetos e animais peçonhentos, sobretudo no período de chuvas, como os que vemos agora.

Foto de moradores de moradias precárias carregando materiais para construção

Esse cenário se torna ainda mais preocupante quando consideramos que, segundo nosso Mapa de Direitos, cerca de 23% das comunidades precárias em que atuamos estão localizadas próximas de rios, canais e/ou córregos e 18% ficam em morros. Não à toa, nos últimos seis anos, as enchentes foram responsáveis por boa parte dos incidentes nessas comunidades precárias, como deslizamento de terra e desabamento de casas¹.

Por isso, desastres como os que aconteceram no último mês na Bahia, em Minas Gerais, São Paulo e mais recentemente em Petrópolis, no Rio de Janeiro, nos chocam, mas não nos surpreendem. Casos como esses, não são acidentes, mas consequências da negligência e descaso do Estado diante da ameaça sobre a qual vivem milhares de comunidades e famílias.

Veja o recado que Camila Jordan, nossa Diretora Executiva, gravou para você:

Viver nessas condições não é uma escolha, mas uma necessidade que nasce da urgência de se ter um teto, um lugar para dormir fora das ruas e de abrigar o pouco patrimônio que se tem. Sem esperanças de serem amparadas por qualquer política pública habitacional, essas famílias se arriscam a viver em territórios marginalizados e sem estrutura, onde se tornam os primeiros a serem atingidos pelos efeitos da crise climática.

Por isso, hoje te pedimos: não deixe essas famílias caírem no esquecimento, não ignore quem vive em territórios precários e vulneráveis. Apoie o quanto antes organizações que agem para combater as causas deste problema: a desigualdade e a pobreza.

Juntos e juntas, moradores(as), voluntários(as) e doadores(as) da TETO atuam há 15 anos para mudar essa realidade no Brasil através da construção de projetos de infraestrutura comunitária e moradias de emergência, que levam mais segurança, dignidade e apoio a milhares de famílias na busca pela superação da situação de pobreza em que se encontram. 

Mas precisamos do seu apoio para continuar atuando e evitar que mais tragédias em comunidades precárias aconteçam. Seja um(a) doador(a) da TETO e, ao lado das comunidades e de nosso voluntariado, vamos juntos transformar vidas!

Podemos contar com você?

¹ Dados coletados pela TETO Brasil em suas atividades em território e que deram origem ao nosso Mapa de Direitos, uma plataforma de dados aberta, desenvolvida para denunciar os direitos violados nas favelas mais precárias e invisibilizadas do país.

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Comments (3)

  • Cidade para todas? - TETO Reply

    […] de terras e à autoconstrução das moradias ilustra o quanto o empregador de quem mora nas comunidades precárias não precisou inserir na remuneração o valor necessário à provisão da […]

    6 de setembro de 2023 at 13:58
  • NOTA: Caso São Judas Tadeu/Butiazinho - TETO Reply

    […] dia 13 de julho daríamos início a substituição de sete moradias precárias pela moradia de emergência no local, mas na noite anterior fomos informados de que o município […]

    6 de setembro de 2023 at 13:57
  • Qual seu papel na construção da nossa cidade? - TETO Reply

    […] maio de 2017 – Existem 6,2 milhões de famílias que vivem em moradias precárias e em situação de vulnerabilidade no Brasil. A organização social TETO trabalha, há 10 anos no […]

    6 de setembro de 2023 at 13:57
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